No Oscar 2025, o Brasil brilhou mais uma vez ao levar a estatueta de Melhor Filme Internacional, com a obra “Ainda Estou Aqui”, consolidando sua força no cinema mundial. Mas, além das grandes narrativas que emocionam o público, há uma categoria no Oscar que sempre chama atenção dos espectadores: Melhores Efeitos Visuais.
São esses efeitos que tornam possível cenas épicas, realidades impossíveis e universos fantásticos. Da mesma forma que o cinema usa tecnologia para envolver o público, as produções audiovisuais para o marketing digital vem lançando mão de recursos dessa natureza com a utilização de VFX, SFX e CGI para captar a atenção, contar histórias e impulsionar marcas no digital.
Mas afinal, o que significam essas siglas e como elas podem transformar a forma como pequenas e médias empresas (PMEs) se comunicam com seus clientes?
O que são VFX, SFX e CGI?
Antes de explorarmos seu impacto no marketing digital, vamos entender as diferenças entre esses três conceitos:
VFX (Efeitos Visuais – Visual Effects): São efeitos adicionados ou modificados em vídeos para criar cenas que não podem ser capturadas da forma tradicional. Isso pode incluir desde ajustes sutis na iluminação e no fundo até a inserção de elementos tridimensionais ou manipulações avançadas da imagem.
Provavelmente você já se deparou com vídeos dessa natureza em que um banner gigante se desenrola com a marca de um negócio em lugares populares ou se abre na fachada de um prédio na Times Square.
SFX (Efeitos Sonoros – Sound Effects): São os sons adicionados para complementar a experiência do vídeo. Eles tornam as cenas mais imersivas, reforçam emoções e ajudam a construir uma identidade sonora para a marca.
Claro que vão muito além de incluir uma trilha bem selecionada para determinada produção. O pacote de efeitos inclui um trabalho de sonorização
CGI (Imagens Geradas por Computador – Computer-Generated Imagery): Refere-se à criação de animações e gráficos digitais. Pode ser utilizado para criar cenários, personagens e até vídeos inteiros sem a necessidade de filmagens reais.
No caso do uso de CGI pelas marcas muito provavelmente você também já viu algo dessa natureza com embalagens de produtos gigantes em interação com ambientes reais, especialmente grandes pontos arquitetônicos de metrópoles mundo afora.
Na busca constante de novidades a publicidade tem explorado essas formas criativas e inovadoras de captar a atenção do público também conhecida como “Fake Out of Home” (FOOH), um conceito que mistura o impacto da mídia OOH (Out of Home) tradicional com a viralização digital.
O que é Fake Out of Home (FOOH)?
Fake Out of Home (FOOH) refere-se a peças publicitárias que simulam ativações de OOH hiper-realistas por meio de imagens e vídeos digitais. Em vez de serem instaladas fisicamente em espaços públicos, essas campanhas são criadas digitalmente e compartilhadas nas redes sociais dos anunciantes. Com o avanço da tecnologia, essas simulações se tornaram incrivelmente convincentes, utilizando técnicas, como já citado, de animação 3D, CGI e deepfake.
Confira o artigo da Meio e Mensagem sobre tendência de uso do FOOH
O que é deepfake?
Deepfake na publicidade refere-se ao uso de inteligência artificial para criar vídeos, áudios e imagens manipuladas que parecem extremamente realistas. A tecnologia permite substituir rostos, modificar expressões faciais ou até recriar falas de pessoas de maneira convincente.
Nota-se o uso de deepfakes de forma criativa e ética para:
Personalizar campanhas: Criar anúncios com influenciadores ou celebridades sem a necessidade de gravações físicas.
Localização de conteúdo: Adaptar campanhas publicitárias para diferentes idiomas e culturas sem precisar refazer toda a produção.
Reviver ícones: Trazer personalidades históricas de volta para campanhas, como já foi feito com figuras como Audrey Hepburn e Elvis Presley.
No entanto, o uso da tecnologia também gera debates sobre ética e transparência. O risco de enganar o público ou manipular informações levanta questões sobre a necessidade de regulamentação e boas práticas no setor.
Como VFX, SFX e CGI podem ser adotados nos vídeos de pequenos negócios
Se antes esses efeitos eram exclusivos de produções cinematográficas de alto orçamento, hoje eles estão cada vez mais presentes no marketing digital, ajudando empresas a criar conteúdos envolventes e memoráveis. Aqui estão algumas formas de aplicação para PMEs:
1.Vídeos mais atraentes
O uso de efeitos visuais pode elevar a qualidade dos vídeos institucionais, promoções e lançamentos de produtos. Pequenas empresas que desejam se destacar em meio à concorrência podem utilizar VFX para criar apresentações dinâmicas, transições suaves e elementos gráficos que tornam a experiência mais envolvente.
2.Sons criam conexões emocionais
O SFX pode parecer um detalhe, mas faz toda a diferença na experiência do espectador. Um som bem posicionado pode reforçar emoções, tornar um vídeo mais memorável e até direcionar a atenção para elementos específicos. Marcas que investem em identidade sonora conseguem criar reconhecimento instantâneo, como jingles ou sons exclusivos associados a seus produtos.
3. Animações explicam conceitos e resumem informações complexas
A criação de vídeos animados que explicam serviços e produtos de maneira mais didática pode tornar a produção mais visualmente atraente. Empresas de tecnologia, saúde e educação, por exemplo, podem usar animações para simplificar conceitos, tornando a comunicação mais eficiente.
O verdadeiro segredo do audiovisual no marketing: Autenticidade e Propósito
Embora os efeitos visuais, sonoros e animações tornem um vídeo mais sofisticado e atraente, eles não substituem a essência da mensagem. O sucesso de um conteúdo audiovisual para marcas não está apenas na tecnologia utilizada, mas na capacidade de transmitir uma proposta de valor autêntica, alinhada à identidade da empresa.
Isso significa que o uso de VFX e CGI deve complementar a comunicação, e não mascarar a falta de uma história envolvente. O SFX precisa reforçar a mensagem, e não apenas adicionar efeitos aleatórios sem propósito.
A animação deve ser envolvente, mas sempre alinhada ao tom de voz da marca.
Em um mundo saturado de conteúdos audiovisuais, os consumidores buscam mais do que vídeos bonitos. Eles querem conexão, verdade e propósito. Portanto, o segredo está em equilibrar inovação tecnológica com humanização da comunicação, garantindo que o público veja não apenas um efeito impressionante, mas um conteúdo que realmente agregue valor.
Vídeo é essencial para empresas em 2025?
Os números comprovam: o vídeo é o formato mais eficiente para o marketing. De acordo com pesquisas recentes:
– 84% dos consumidores dizem que um vídeo os convenceu a comprar um produto ou serviço. Conforme dado destacado do artigo da GO UP Digital, que menciona que cerca de 84% dos consumidores foram convencidos a realizar uma compra após assistir a um vídeo.
– Empresas que usam vídeo em suas estratégias de marketing aumentam em até 80% a taxa de conversão.
– Postagens em redes sociais com vídeos geram 1200% mais compartilhamentos do que posts com imagens ou textos. Como a Rock Content destaca que vídeos sociais geram 1200% mais compartilhamentos que imagens e texto combinados.
Isso significa que, independentemente do tamanho da sua empresa, investir em conteúdo audiovisual não é mais uma opção, mas uma necessidade. O grande diferencial está em como usar a tecnologia a seu favor: com criatividade, estratégia e autenticidade.
Por fim, assim como no cinema, onde efeitos visuais tornam histórias inesquecíveis, no marketing digital, VFX, SFX e CGI podem transformar marcas e impactar consumidores de forma poderosa. Mas a chave do sucesso está no equilíbrio: tecnologia sem autenticidade não cria conexões, e autenticidade sem impacto visual pode passar despercebida.
Se você quer que sua marca se destaque no digital em 2025, invista no audiovisual com inteligência. Utilize os efeitos para enriquecer suas produções, mas sempre com um propósito claro e alinhado à sua identidade. O futuro do marketing é visual, imersivo e autêntico – e sua empresa precisa estar preparada para isso!
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